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Quem se lembra de Leonardo Cavalcanti?

  • Foto do escritor: Jorge Amorim
    Jorge Amorim
  • 8 de fev. de 2024
  • 1 min de leitura

Atualizado: 9 de fev. de 2024



Conheci Leonardo Trindade Cavalcanti no Recife, por volta de 2010, e dele ganhei vários livros de sua autoria. À época, ele já padecia da enfermidade hepática que motivou o seu falecimento.


Na juventude, Leonardo se aventurou na luta armada, foi preso e sofreu as consequências de uma prisão na qual era designado como "terrorista". Também foi expulso da universidade.


Com os ventos de uma esperada abertura política, ele retomou os estudos e concluiu o curso de Direito. Em seguida, exerceu a advocacia até ingressar na Procuradoria Federal.


Presenciei o seu sepultamento no Cemitério de Santo Amaro - em cova rasa, conforme instruções que deixou a esse respeito.


Leonardo foi poeta, romancista, folião, boêmio, e ainda encontrou tempo para estudar a filosofia de Nietzsche.


A seguir, transcrevo um dos poemas que ele escreveu para a filha Rebeca, publicado no livro "Os Instantâneos", edição da FUNDARPE, de 1993:


Rebeca fala línguas esquisitas.

Não a entendo, e não há ser humano

capaz de decifrar o que recita.

Talvez, poesia para o Minuano


que dos confins da Terra em visita

vem render-lhe homenagens este ano.

Talvez faça um discurso pacifista

dirigido aos canários e tucanos

_ aos entes coloridos da paisagem.

Talvez apenas reze piedosa

aos Deuses dos bebês, pelos marmanjos

de tanta e conflituosa parolagem.

_ Talvez não; talvez seja maliciosa

e esteja em namorico com os anjos.





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