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O ALMOÇO NA RELVA/MANET

  • Foto do escritor: Jorge Amorim
    Jorge Amorim
  • 5 de ago. de 2023
  • 1 min de leitura

Almoçavas na relva

E o teu olhar estava à margem das conversas


Tua nudez traçada em curvas

Ganhava com esse olhar o apelo das uvas


Dizer-te só modelo não significaria tanto

Melhor designar-te como musa - ainda que tardia


Também não caberia lançar panos sobre ti

Tão longe dos nossos salões elegantes


Almoçavas na relva

E o teu olhar parecia transpor àquele instante


Parecia um desafio silente

Atravessando a clareira como flecha certeira


Como se fora uma cria daquela cabeça que dizia:

"Decifra-me ou te devoro"


Almoçavas na relva

E desafiavas a maestria dos decifradores de códigos


Desafio feito nos olhos

Como antes fora visto em um quase sorriso


Mas do almoço não participava

Nenhuma jovem esposa de comerciante florentino


Via-se somente (com interesse artístico ou libertino)

As formas de uma mulher livre e seus olhos grandes


Uma mera fotografia não levaria adiante a riqueza

Daquela composição impactante


Pois almoçavas na relva

E motivavas a beleza - não sendo tu exatamente bela


E fazendo mais do que te permitia a natureza

Motivaste uma noção de estética


Motivaste uma ideia interessante

Como se não fora bastante tua nudez na relva


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