O NEGÓCIO DO TEMPO
- Jorge Amorim
- 8 de mar. de 2024
- 1 min de leitura
Desatento gastei períodos
Não especialmente bons
Não especialmente ruins
Daí passíveis de apagamento
Em razão dessa pouca relevância
Pedi aos céus uma compensação
O resgate parcial dos dias vividos
Pedi guiado por uma lógica
Que fez dormir meu senso crítico
Mas como era de se esperar
Nem nos sonhos vingou o meu pedido
Resta-me agora gastar o resto
Pois negociante esperto nunca fui

Recorte da tela de Salvador Dali: A Persistência de Memória.




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